Por Cassiano Santos Cabral*
Durante esta pandemia, surgiu a necessidade de produzir algo no campo da literatura. E, assim, juntando a paixão pelo serviço público -na condição de servidor do Ministério Público, trabalhando na área do Direito Penal – com a paixão pela escrita (escrevo desde os sete anos) nascia: A Sombra da Passarela, um romance policial.
Através das mãos dos meus personagens, eu convido você a se deslumbrar com o por do sol de Porto Alegre, seguramente, um dos mais belos do Brasil, a deliciar-se com um passeio de trem Maria Fumaça, perdendo-se entre os encantos de Gramado, vindo a desembarcar em Milão e Bolonha e, também, na região do Vale Douro, em Portugal, famosa pela produção de vinho e azeite de oliva.
A Sombra da Passarela conta a história de uma modelo estagnada na sua carreira profissional e que vive o drama de ser mãe de um filho sequestrado. Desesperada, Patrícia ingressa numa sociedade secreta de mulheres com a esperança de reaver o pequeno Tales, já que a polícia não conseguiu encontrá-lo. Um ano depois, ela se torna uma modelo famosa, mas a sociedade exige-lhe uma contrapartida. Ela terá que pagar um alto preço, do contrário, as consequências serão imprevisíveis. A história conta com dois assassinatos que vão desafiar a sua inteligência. Heróis ou bandidos? Tudo depende da nossa perspectiva.
Entre os personagens da trama que merecem destaque se situa Roberto Cardoso, um escrivão de polícia, servidor público, que luta contra as mazelas do sistema e a desvalorização do serviço público. Cansado, desesperançado, mal remunerado, ele trabalha numa sala pequena com pilhas de inquérito sobre a sua mesa. Ele é alvo das sucessivas cobranças do chefe imediato, sente-se só e desprestigiado e a sua voz se faz no silêncio. Embora a obra seja inteiramente ficcional, ela espelha muito da realidade que muitos de nós vivenciamos diariamente.
Roberto observa episódios de assédio moral, manipulação de provas de inquérito policial, tráfego de influência e sabe que necessita agir, embora sinta-se com as mãos amarradas, pois apesar de estar em uma posição estratégica como escrivão de polícia, o seu raio de ação é diminuto. O personagem é ex-marido da personagem principal, com quem vive uma relação amorosa não convencional, sente a diferença abissal entre o seu mundo e o de sua amada e é capaz de qualquer coisa para encontrar o filho desaparecido e ter a sua família de volta.
Trata-se de um personagem fundamental para o deslinde da trama. Roberto é descrito como um sujeito fiel aos seus princípios, a sua tábua de valores, trabalhador, apesar do cansaço, da baixa remuneração, do desencanto ao perceber uma retirada de seus direitos como servidor público, o que o coloca em uma situação de vulnerabilidade, tais como nós, servidores, muitas vezes nos encontramos.
A Sombra da Passarela é um romance policial que vai prender a sua atenção do início ao fim e garanto que você, meu amigo, servidor público, sentir-se-á representado na figura do personagem Roberto.
E as perguntas que ficam: até onde vai o amor de uma mãe por um filho? De um pai por um filho? E de um homem por uma mulher? Os fins justificam os meios? E se abrir mão de alguns dogmas for a única maneira de manter-se vivo? Ficou curioso? Quer saber mais? Acesse www.amazon.com.br e procure por A Sombra da Passarela, disponível em versão ebook e embarque comigo nesta história fascinante.
* Cassiano Santos Cabral é bacharel em Direito pela Uniritter, especialista em Direito Publico pela ULBRA e servidor concursado do Ministério Público do Rio Grande do Sul desde maio de 2004, no cargo de Assistente de Promotoria de Justiça. Atualmente trabalha na Promotoria de Infância e Juventude em Porto Alegre. Também é escritor (poeta, contista, cronista, romancista policial), tendo escrito 7 livros: 4 publicados em versão impressa e um em versão ebook.