A próxima quarta-feira, 18 de agosto, será marcada pela greve geral nas três esferas do funcionalismo público – federal, estadual e municipal – contra a Reforma Administrativa (PEC 32/20). A data foi definida em um encontro nacional dos servidores, realizado no de forma unificada pelas centrais sindicais no final de julho. No Ministério Público, as entidades de base já estão realizando assembleias gerais para definir a participação da categoria.
A PEC 32/20 acaba com a estabilidade dos servidores e uma série de outros direitos, tanto para os atuais quanto para futuros servidores. Também permite a ampliação ilimitada de contratações sem concurso público, o que é um risco para a continuidade dos serviços públicos prestados à população e também cria constrangimentos ao combate à corrupção, já que transforma as instituições públicas em um verdadeiro cabide de empregos para apadrinhados políticos.
Além das paralisações, diversas mobilizações também serão realizadas em todos os estados ao longo do dia. Os atos organizados pelas centrais sindicais e movimentos sociais também incluem as pautas emergenciais para a população brasileira, como o auxílio emergencial de R$ 600,00, vacina já, mais empregos e contra a retirada de direitos como propõe a MP 1045 – a reforma Trabalhista de Bolsonaro.
Em Brasília, haverá uma manifestação a partir das 10h, que caminhará da Esplanada dos Ministérios com destino ao Congresso Nacional. Às 15h, haverá um ato com participação também de movimentos sociais em frente ao Anexo II da Câmara.
A FENAMP e a ANSEMP estão incentivando os sindicatos e associações nos estados a promoverem a paralisação dos servidores dos Ministérios Públicos Estaduais e a participação nas atividades de preparação da greve, além das manifestações do dia 18. Algumas entidades já começaram a realizar assembleias gerais para aprovar a paralisação da categoria no dia 18 de agosto.