O Encontro Nacional de Servidores e Servidoras do Setor Público encerrou na última sexta-feira (30), com a definição de Greve Geral dos servidores públicos no dia 18 de agosto. O evento foi realizado pelas centrais sindicais e teve como resultado a construção de um manifesto que aponta o caminho para o combate à Proposta de Emenda à Constituição nº 32/2020, conhecida como PEC da Reforma Administrativa.
No documento final do encontro, os milhares de participantes denunciam que a proposta do governo Bolsonaro “impõe um duro golpe às políticas sociais de saúde, educação, segurança, dentre várias outras, além da extinção dos regimes jurídicos únicos dos municípios, estados e União”. O manifesto também reitera que os efeitos da reforma atingirão amplos setores da sociedade: “pode-se dizer que ocorrerão impactos diretos e indiretos para o conjunto de trabalhadores, para a atuação sindical e para a sociedade brasileira como um todo”, alertam.
No encontro também foi definida uma agenda unificada de lutas contra a reforma administrativa. Já nesta terça-feira (03), dia da volta do recesso do Congresso Nacional, representações sindicais de todo o país irão se reunir em Brasília para a realização de uma manifestação. Durante a pausa das atividades, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a PEC 32/20 estaria entre as prioridades para votação no segundo semestre.
Como parte da agenda, o dia 18 de agosto será marcado por uma Greve Geral contra a reforma administrativa. Para a preparação, as entidades sindicais realizarão assembleias para construção da greve em cada local de trabalho, assim como comandos de mobilização. Atos unificados também devem ser organizados para reunir os trabalhadores e trabalhadoras em greve no dia 18.
A agenda de lutas prevê ainda ações para sensibilizar vereadores e deputados estaduais em relação à pauta, além de governadores e prefeitos. A presença na mídia e nas redes sociais também será uma das bases da campanha das centrais. A pressão sobre os deputados federais também será reforçada, com ações para pressionar os parlamentares e divulgação daqueles que estiverem contra os servidores públicos, ao apoiarem o projeto do governo federal.