O ano de 2020 começou com o governo de Jair Bolsonaro (PSL) dando seguimento à retirada de direitos dos trabalhadores. Mesmo com o recesso do Congresso Nacional, medidas já apontam que esse ano não será fácil, sendo assim, tão desafiador como foi o ano de 2019.
A Reforma da Previdência, a MP 905/Carteira Verde Amarela, a intensificação ou ameaça de privatização das estatais, a militarização de órgãos públicos, os ataques aos direitos democráticos dos trabalhadores foram alguns dos ataques no ano passado que tendem a ser intensificados neste ano.
Neste sentido, a luta tem que ser ampla e abarcar todos os setores da classe, organizados ou não. Pensando nisso, a CSP-Conlutas realizará sua 1ª Coordenação Nacional, que ocorre de 14 a 16 de fevereiro, com uma proposta da mais ampla integração.
Para que todos contribuam e fortaleçam a luta contra o governo, o convite é de participação ampla, ou seja, trabalhadores e trabalhadores que estejam organizados ou não na Central, integrem e participem desse fórum de resistência contra o governo.
As mesas serão abertas e com convidados que ampliarão o campo de visão sobre os desafios impostos à classe trabalhadora diante de um governo reacionário, conservador e totalitário.
Os temas abordados no decorrer da atividade serão: “Um ano de Governo Bolsonaro, ataques aos direitos e as liberdades democráticas – A luta de classes e nossos desafios”, que fará uma retrospectiva desse governo e apontará estratégias de atuação contra esse cenário de retrocessos.
As mortes da população negra nas periferias, assim como de indígenas, será outro tema abordado na mesa: “genocídio e encarceramento como política do Estado”. Neste debate serão discutidos como a política desse governo tem potencializado os assassinatos de jovens pobres nas favelas, além de criminalizá-los com o encarceramento em massa.
Como o Brasil não é uma ilha, essa política conservadora tem sido aplicada em todo o mundo, sobretudo, na América Latina, com repressão forte a quem opõe aos governos. Por isso, o debate internacional não ficará de fora e será discutido na mesa “Lutas pelo Mundo”.
“Enfatizamos que a confirmação das presenças de lideranças, personalidades e entidades nacionais e internacionais, em um raio que vai além das fronteiras de nossa Central, fortalece o caráter e sentido político que nossa primeira Coordenação Nacional de 2020 precisa ter frente à conjuntura e o estágio da luta de classes”, destaca a convocatória enviada pela Central.
Confira a programação completa, com as mesas, convidados, local e datas:
Coordenação Nacional da CSP-Conlutas
Data: 14 a 16 de fevereiro
Local: Quadra dos Metroviários – Rua Serra do Japi, 31 – Tatuapé (Metrô Tatuapé – linha vermelha) – São Paulo/SP.
Sexta-feira (14/2/2020)
9h30 – Painel Análise da Conjuntura – Tema: Um ano de Governo Bolsonaro, ataques aos direitos e as liberdades democráticas – A luta de classes e nossos desafios.
Convidados: Plínio de Arruda Sampaio Junior, Boletim Contra Poder; Maria Tereza Cruz, Ponte Jornalismo e um representante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas;
11h – Debate da Conjuntura sobre genocídio e encarceramento como política do Estado
Convidados: Hilda Maria Azevedo Alves, do movimento Mães de Maio/SP, Katiara Oliveira, da Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio;
13h30 – Almoço;
15h – Continuação conjuntura;
17h – Prestação de Contas;
19h – Encerramento dos trabalhos.
Sábado (15/2/2020)
9h – Mesa: Internacional Lutas pelo Mundo
Convidados: Maria Rivera, do Chile, da Defensoria Popular que luta pela liberdade de presos políticos; Nara Cladera, professora e dirigente da União Sindical Solidaires, Mónica Leticia Schlotthauer, dirigente ferroviária em Buenos Aires, membro da FIT e ex. Deputada Nacional;
13h – Almoço
14h– Eleição da Secretaria Executiva Nacional e Conselho Fiscal – Composição de chapas (apresentação e defesa) e votação;
16h– Reuniões Setoriais;
18h – Apuração dos votos, apresentação da nova composição da SEN e Conselho Fiscal, posse;
Domingo (16/2/2020)
9h – Apresentação dos relatórios dos setoriais, incluindo relatórios do 4º Congresso Nacional, e votação das resoluções e moções;
13h– Encerramento da reunião.