O Dia Nacional do Aposentado, celebrado no dia 24 de janeiro (sexta-feira) será marcado por protestos contra os ataques do governo Bolsonaro à categoria e contra o desmonte do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
A data não será de comemoração e sim de luta em defesa das aposentadorias. Em todo o país, ocorrerão ações contra a militarização do INSS, por mais concursos públicos, por valorização dos servidores e reajuste salarial, em defesa da previdência social pública, pela paridade entre ativos e aposentados, manutenção das gratificações, pagamento de todos os passivos e contra a reforma administrativa.
Haverá manifestação em São Paulo, às 14h, no INSS da R. Cel. Xavier de Toledo e seguirá em caminhada até o INSS da R. Santa Ifigênia.
Em São José Campos (SP) também terá ato em frente à sede da Previdência, às 10h, e contará a participação de sindicatos e movimentos sociais, está sendo organizado pela Admap (Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas).
No dia 26 (domingo), a Admap organizará uma caravana para as atividades do Dia Nacional do Aposentado em Aparecida, onde haverá missa e um ato na Basílica Nacional.
Em Salvador (BA), a FEASAPEB (Federação das Associações de Aposentados, Pensionistas e Idosos do Estado da Bahia) entre outros movimentos fará um ato público às 9h, na porta da sede da Previdência Social no bairro do Comércio.
Em Belo Horizonte (MG), o SINAP-MG (Sindicato Nacional dos Aposentados) com apoio da FAP/MG e da COBAP, realizará um evento com diversas atrações na Praça Sete, a partir das 10h.
Ataques
Esse segmento da população tem sofrido com políticas do governo que rebaixam direitos. Entre essas medidas está a reforma da Previdência aprovada pelo governo no ano passado, que limitou o direito à aposentadoria para uma ampla parcela dos trabalhadores e atacou as viúvas (e viúvos), que passaram a sofrer um corte de até 40% em suas pensões.
Existe ainda uma política de desmonte do INSS, como parte de uma política para privatizar esse sistema. Algo que já foi no projeto da reforma da Previdência, mas que acabou não se mantendo.
O desmonte fica evidente na precariedade do atendimento do INSS, que está com mais de três milhões de pedidos de aposentadoria e outros benefícios parados.
Ao invés de combater o problema com a contratação de novos servidores, que melhorariam o atendimento e agilizariam a análise de pedidos, o governo Bolsonaro está militarizando o órgão.
“No Dia Nacional do Aposentado, queremos mostrar a nossa insatisfação com o descaso que vem atacando aposentados, pensionistas e idosos e a classe trabalhadora como um todo. É preciso se mobilizar contra esse estado de coisas. Convidamos toda a população a participar”, afirmou o presidente da Admap, Lauro da Silva.
Com informações da Cobap e Admap