O prédio da representação do Ministério da Saúde de São Paulo expressa no dia a dia o até onde pode chegar o desmonte do serviço público. Com 13 andares e oito deles ocupados, sendo o 9º andar o local onde funciona a perícia médica que atende os servidores de todo o estado, está sem elevadores.
De acordo com o Sinsprev/SP, o caso é grave e atenta à saúde dos que utilizam o prédio. Já foi feito o pedido de audiência em Brasília, mas o sindicato ainda não obteve nenhum retorno. Diante disso, será necessário acessar o Ministério Público.
“A superintendência havia dado um prazo de duas semanas para modernização de um elevador até agora nada. Já tivemos queda nas escadas e pessoas com laudo médico que proíbe a utilização de escadas, sendo obrigadas a utilizá-las”, denunciou um servidor que pediu para não ser identificado por medo de retaliação.
O problema não começou agora. Se arrasta desde o último trimestre do ano passado quando a superintendência rompeu o contrato com a empresa que fornecia o serviço de ascensorista dos elevadores. Em consequência, servidores do local passaram a exercer jornada de quatro horas com ascensoristas e, pasmem, o próprio superintendente assume a vaga do ascensorista, levando os trabalhadores aos seus andares de trabalho. É o total desrespeito ao trabalho!
A situação pela qual passam os servidores públicos de São Paulo é uma expressão do que significa o desmonte dos serviços públicos no país, tão defendido pelo governo Bolsonaro e aplicado por seus capachos dispostos a aplicar uma política que destroi os serviços essenciais à população.
A CSP-Conlutas se solidariza com a luta em defesa dos serviços, pauta da Central e das Centrais Sindicais do país.