RS – Governador, respeite os trabalhadores em educação!

O governador Eduardo Leite a cada dia deixa mais claro seu absoluto desrespeito com os servidores e com os serviços públicos que são prestados à população gaúcha.

As recentes negociações envolvendo os trabalhadores em educação, que o governo vem alardeando como “pedagógicas”, não passam, na verdade, de chantagem barata, de desrespeito aos professores e servidores de escolas e de mais uma tentativa de fragilizar a luta do funcionalismo.

O RS paga aos professores o menor salário do país que, além disso, vem sempre com atraso e parcelados há 50 meses. Mas, a despeito disso, o governador quer cortar o ponto – mesmo com a recuperação dos dias letivos -, descontar os dias paralisados do salário que ele não paga e exige que os professores voltem ao trabalho.

O SIMPE-RS repudia a iniciativa do governador Eduardo Leite de tentar impor uma proposta indigna à categoria, chantageando com negociações individuais com mais de 45 mil professores da ativa, num claro ataque à organização destes trabalhadores garantida constitucionalmente.

A medida proposta pelo governo é mais uma tentativa de fragilizar a luta e a resistência para seu projeto de desmonte e privatização da educação.

Antes de propor corte do ponto e desconto dos dias parados, o governador deveria se preocupar em valorizar os trabalhadores em educação, pagando salários dignos e em dia, fortalecendo a carreira e revertendo o vergonhoso quadro de serem os professores mais mal pagos do país. E isso num momento em que, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o ICMS aumentou 5,09% em 2017 e 5,38% em 2018, além da inflação registrada em cada ano. Em 2018, por exemplo, o ICMS cresceu 6,13%, totalizando R$ 36,9 bilhões, o que representa um acréscimo de mais de R$ 2,1 bilhões sobre a arrecadação de 2018.

A resistência dos trabalhadores em educação, com uma longa e desgastante greve e intensas mobilizações em conjunto com as demais categorias do funcionalismo, inclusive os servidores do MPRS, foi o que minimizou os impactos do pacote da morte do governo enviado para a Assembleia Legislativa. Por isso, para o governo, fragilizar este movimento é fundamental.

Não vamos permitir! Todo apoio aos trabalhadores em educação e a sua luta, que é a luta de todos os servidores e de toda a sociedade na defesa da escola pública, de qualidade e com profissionais valorizados!

SIMPE-RS