O segundo ato contra o aumento da passagem em São Paulo, realizado nesta quinta-feira (9), novamente foi reprimido pela PM (Polícia Militar).
A repressão aconteceu na dispersão, próximo à estação República. Pessoas do entorno foram atingidas pelo gás, inclusive crianças, além disso, a PM agrediu e revistou jornalistas durante o ato, além de fazer duas detenções.
“Qual foi a reposta da polícia de João Dória e Bruno Covas? Bombas, gás e agressões na população trabalhadora – inclusive crianças e idosos – que tentavam voltar pra casa e estavam dentro e fora da estação! Toda essa violência contra os/as de baixo só pra defender as catracas dos de cima”, disse em nota o MPL.
Após repressão da PM na República, um grupo rumou para a estação Anhangabaú. O local estava fechado e somente após 30 minutos de tensão foi parcialmente aberto para a entrada de cinco pessoas por vez.
A manifestação teve concentração na Praça da Sé e contou com cerca de 500 pessoas, com percurso pela Secretaria Estadual de Transportes, Prefeitura de São Paulo, Largo do Paissandu até chegar à Praça da República.
Apesar da repressão o novo ato foi marcado para a próxima quinta-feira (16), a partir das 17h, no Theatro Municipal.
Primeiro protesto também foi alvo de repressão
O primeiro ato contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo, realizado no na terça-feira (7), também foi marcado por prisões arbitrárias.
A repressão policial começou quando manifestantes tentaram fazer o “catracaço”, não pagar a passagem como forma de protesto, no Metrô Trianon/Masp. “Ao invés de reconhecer nossas pautas como legítimas, os governantes mandaram as forças policias fechar a estação e defender as catracas. Toda essa violência para impedir nosso direito de ir e vir e defender o lucro dos empresários. Mesmo assim, não recuamos. Fechamos a Avenida Paulista e conseguimos entrar na estação e pressionar lá de dentro”, explicou o MPL.
Na ação, pelo menos 26 pessoas foram presas para averiguação, mas foram soltas logo depois. As detenções foram consideradas arbitrárias pelo movimento.
R$ 4,40 não dá!
A manifestação convocada pelo MPL é contra o aumento da tarifa de R$ 4,30 para R$ 4,40. Esse reajuste foi acordado entre o governo do estado e municipal. O reajuste da passagem de ônibus, trens e Metrô é considerado abusivo pelo movimento.
O MPL aponta ainda o corte centenas de linhas, corte na integração do vale-transporte, redução da frota de ônibus, mais bloqueios e limitações no bilhete único, negação do passe pra cursinhos populares.
Com informações da Ponte Jornalismo