Dirigentes do SIMPE-RS e servidores do Ministério Público participaram, no dia 26 de novembro, na Praça da Matriz, em Porto Alegre, do ato unificado dos servidores públicos contra o pacote do governador Eduardo Leite, que retira importantes direitos e vantagens do funcionalismo. Mais de 20 mil pessoas participaram da manifestação.
As atividades do dia iniciaram com uma assembleia do CPERS na Praça às 13h30, e tiveram um desfecho de violência e truculência por parte da Brigada Militar. Dez pessoas ficaram feridas em incidente que ocorreu quando o comando de greve da categoria, paralisada desde o dia 18 de novembro, aguardava para ser recebido pelo chefe da Casa Civil, Otomar Vivian (PP). Uma violência que não se justifica, contra trabalhadores que lutam legitimamente por seus direitos e que merece a solidariedade de todos (veja aqui nota de repúdio).
O que os trabalhadores buscavam era o diálogo, tão alardeado frente as câmaras de TV pelo governador, que, na vida real, se nega a receber as representações dos servidores.
Pacote da morte
O ato do dia 26 foi o segundo de grandes proporções realizados pelos servidores de diversas categorias, reunidas no Fórum dos Servidores Públicos, contra o que vem sendo chamado de “pacote da morte”, tamanho o estrago que causa na vida do funcionalismo e em função das consequências do mesmo para a população e para o Estado.
Entre as medidas o pacote traz mudanças que destroem os planos de carreiras do funcionalismo, com ataque especial aos professores, retira vantagens por tempo de serviço atribuídas aos servidores públicos em decorrência de avanços, anuênios, triênios, quinquênios, adicionais ou gratificações de 15 e de 25 anos, veda a sua reinstituição, entre outras.
Para os servidores, o pacote do governador, somada ao da negociação do pacote de Recuperação Fiscal, praticamente liquida com os servidores e com os serviços públicos no Estado.
Assessoria de Comunicação