Na manhã dessa segunda-feira (26), Centrais Sindicais e Movimentos Sociais se reuniram na sede do Dieese, em São Paulo, para discutir o operativo das próximas mobilizações contra os ataques do governo Bolsonaro/Mourão.
Em debate, além dos ataques aos direitos da classe trabalhadora, como a Reforma da Previdência e a MP 881, a tal da “Liberdade para Escravizar”, por exemplo, a CSP-Conlutas destacou também a importância de agregar e fortalecer as mobilizações em defesa do Meio Ambiente, pauta nacional que teve destaque não somente no país como internacionalmente no último período. Atos foram realizados em ao menos 12 estados mais o Distrito Federal no último final de semana, e mais manifestações estão previstas entre o dia 5 e 20 de setembro.
Agenda – As Centrais definiram um calendário de lutas que tem início já no início de setembro. O 3/9 será um dia de pressão, com a presença de lideranças sindicais no Senado em protesto contra a Reforma da Previdência. No dia seguinte (4), ocorrerá um Seminário, também em Brasília, para tratar sobre a Soberania e denunciar a subordinação do governo brasileiro diante dos Estados Unidos e a política entreguista de Bolsonaro e suas graves consequências para o país.
Para a CSP-Conlutas, o momento ainda pede pela organização de uma Greve Geral no país, diante dos mais diversos ataques que têm sido
As Centrais também incluíram na agenda o dia 5 de setembro, quando novas manifestações em defesa do Meio Ambiente serão realizadas. No entanto, o dirigente presente em nome da CSP-Conlutas, Paulo Barela, alertou para a organização de um ato, também em defesa do Meio Ambiente e o Clima, internacionalmente convocado para o dia 20 de setembro, e de como a data poderia ser incluída nas ações das Centrais.
Considerando a força de mobilização recente contra a destruição da Amazônia e as queimadas, em meio aos absurdos ataques de Bolsonaro, que assinou mais de 500 autorizações para exploração florestal, praticamente a totalidade dos representantes das organizações presentes na reunião das Centrais tiveram acordo em apoiar as demandas dos movimentos em defesa do meio ambiente e levar a bandeira contra a Reforma da Previdência nesses atos.
A Central ainda defende que nesse mesmo dia haja atos nas fábricas logo pela manhã, com a participação das categorias à tarde nas manifestações de rua.
Além disso, no que se diz respeito aos ataques aos direitos dos trabalhadores, Barela apontou que é preciso fortalecer as lutas das bases em campanhas salariais e contra os processos de privatização, bem como encampar ações por liberdade democrática, tão fragilizada pelo governo de Bolsonaro e Mourão.
Nesse sentido, ficou definida a participação nos atos que ocorrerão nos estados em 7 de Setembro – Grito dos Excluídos, uma vez que as diversas pautas em defesa dos trabalhadores e por uma sociedade mais justa são acolhidas na data de luta desse movimento nacional histórico. A expectativa é a de que o dia seja repleto de manifestações com forte apoio popular.
Além das Centrais, a UNE (União Nacional dos Estudantes) confirmou participação no 7 de Setembro, fazendo chamado nacional “Pela Educação, Meio Ambiente e pelo Brasil”. Nesse ano, o tema do Grito dos Excluídos será “Lutar por Direitos, Justiça e Liberdade”.
No dia 24/9, as organizações sindicais voltam à Brasília, para marcar presença, pressionar os parlamentares e protestar contra a Reforma da Previdência, que nesse dia estará em votação em primeiro turno no Senado.
Por fim, ao definir as deliberações da reunião, a CSP-Conlutas propôs e se prontificou a elaborar um manifesto das Centrais sobre a questão ambiental e a jornada internacional, para que possamos fortalecer pontes, estabelecer contatos e ações de apoio junto a outras organizações pelo mundo.