Na segunda-feira, 1º de abril, os servidores se reuniram, às 12 horas, em frente ao prédio do Ministério Público, em Porto Alegre, onde realizaram um ato de protesto em face dos cinco mil dias sem qualquer movimento da administração para a negociação do plano de carreira.
Com falas, palavras de ordem e faixas, os servidores cobraram da administração que apresente uma proposta aos trabalhadores, especialmente frente a declaração do próprio Procurador-geral, que já há uma proposta que será apresentada em maio.
Um grupo de servidores também aproveitou para fazer uma panfletagem na sinaleira. A cada vez que o sinal fechava eles abordavam os motoristas de carros que passavam na avenida em frente ao prédio, entregando material com informações sobre a importância e a situação dos servidores do MPRS.
O presidente do SIMPE-RS, Jodar Pedroso, convocou os servidores que trabalham nas Torres Gêmeas a descerem e somarem na atividade. “Precisamos de cada um e de cada uma se quisermos que o Ministério Público avance na negociação”, desafiou ele.
Jodar convocou os servidores do prédio a somar na manifestação
Representantes de outras entidades dos servidores do MPRS, e até de outras categorias, como dos servidores do Judiciário, também se manifestaram, repudiando a postura da administração do MPRS e cobrando o andamento da proposta.
As falas destacaram que os cinco mil dias sem negociação não é o único marco a ser lembrando neste dia 1º de abril. Os servidores da instituição também sãos únicos entre todos os ministérios públicos do país que não tem um plano de carreria. Até mesmo se comparado com outros órgãos do Estado, esta condição coloca a categoria, no mínimo, numa situação de constrangimento.
A atividade, que durou cerca de duas horas, reuniu servidores do local e de outras unidades de Porto Alegre e região metropolitana. Alguns servidores se dispuseram a doar sangue, como forma de marcar a data.
Esta situação não pode continuar
Para o presidente do Sindicato, esta situação não pode continuar. “A administração não pode continuar ignorando os apelos da categoria e daqueles que efetivamente fazem o MP ser o que é e garantem o título de ser um dos melhores ministérios públicos do país”, ponderou.
Jodar alertou para a desmotivação, os adoecimentos e a evasão que ocorre no órgão, e que ficaram comprovadas por uma pesquisa sobre saúde realizada pelo Sindicato. “Como pessoas que trabalham sem qualquer perspectiva de crescimento profissional, apesar da dedicação e do tempo que muitos estudam, que ano após ano chegam ao local de trabalho e sabem que estarão na mesma posição e que, pior de tudo, são invisíveis para os gestores, não vão adoecer?”, questiona o dirigente. “Isto tem que mudar!”, enfatizou.
Ele reiterou que as direções das entidades continuam aguardando que a administração se digne a agendar uma reunião, ainda em abril, para tratar o tema, mostrando que a valorização da categoria vai além do discurso e de promessas de campanha.
As atividades em defesa do PCCS continuam. Nesta quarta-feira (03) é importante que todos vistam preto e reafirmem a indignação com o tratamento dado pelo procurador-geral a uma questão que é tão cara para os servidores.
Assessoria de Comunicação
01/04/2019 22:43:50