CSP-Conlutas – Relatório do setorial saúde de Correios realizado em 14/2/2020

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SETORIAL CORREIOS

Nós, trabalhadores dos Correios realizamos uma Setorial bastante representativa, onde quase todos os sindicatos e oposições que reivindicam a Central estivemos presentes: SINTECT-VP, SINTECT-SJO, SINTECT-SC, SINTECT-PE, MINORIA DO SINTECT-RS, MINORIA DO SINTCOM-PR, OPOSIÇÃO SINTECT-CAS, OPOSIÇÃO SINTECT-SP, OPOSIÇÃO SINTECT-RJ, OPOSIÇÃO SINTECT-DF.

Foram mais de 30 companheiros/as representando as suas entidades, que debateram sob a conjuntura do país sob o governo Bolsonaro e a construção da greve nacional da categoria.

Considerando que:

  1. No último dia 06 de fevereiro, as direções das federações (FENTECT e FINDECT) se reuniram em Brasília e deliberaram pela unificação nacional da categoria, onde tivemos o entendimento de que somente a luta unificada e forte pode reverter a decisão absurda do presidente da ECT, General Floriano Peixoto, e do governo Bolsonaro, em não respeitar a decisão de nosso Acordo Coletivo de Trabalho;
  2. A direção dos Correios precisa enxugar a empresa para ser privatizada. Por isso, o governo quer demitir 40 mil trabalhadores, sendo que o ataque ao nosso plano de saúde é uma das partes da política mais nefastas do governo federal de Bolsonaro-Mourão-Guedes, que quer tirar nossos direitos para privatizar os Correios;
  3. A direção dos correios e o governo, preocupados com a força da mobilização da nossa última greve, temem que uma nova greve em conjunto com os petroleiros possa barrar as privatizações, o ajuste fiscal e colocar em xeque a Presidência da República. Por isso, desde novembro tenta desmoralizar a nossa luta e agora está impondo uma cobrança absurda de 100% no nosso plano de saúde com o apoio do presidente do STF. A intervenção patronal do STF deixou claro que o Poder Judiciário tem lado, e não é ao lado dos trabalhadores, comprovando a máxima de Victor Hugo: “Raspai o juiz, encontrareis o carrasco”;
  4. O governo Bolsonaro e seus comandados tentam a qualquer custo construir junto a sociedade a imagem de uma empresa quebrada, sem credibilidade e sem condições de se manter pública, indo na contramão da história, para enganar a opinião pública;
  5. Os petroleiros estão em greve contra a privatização da Petrobras, devido a postura submissa do governo Bolsonaro-Mourão-Guedes de entregar um patrimônio histórico do país aos bancos, ao capital privado estrangeiro e ao imperialismo, que só visa o lucro e não o bem-estar da população, a greve nacional dos Correios e por tempo indeterminado será fundamental para juntos ajudarmos a derrotar o governo Bolsonaro e seu projeto.

O setorial de Correios resolve:

  1. Defender e construir uma grande greve nacional marcada para o dia 03 de março, unificada com os 36 sindicatos da categoria representados pelas duas federações: FENTECT e FINDECT;
  2. Participar ativamente da construção e organização do dia 08 de março – Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora, buscando garantir a unidade de todo movimento e atos pelo país;
  3. Intensificar o debate na sociedade sobre a importância dos Correios se manter 100% público, estatal e da boa qualidade no serviço prestado à população. Para isso, é determinado a retomada da coleta de assinaturas no Abaixo-Assinado e Audiências Públicas, além da participação de todos sindicatos que dirigimos junto ao Comitê Nacional sediado em Brasília;
  4. Chamar a unificação das lutas a partir da greve petroleira, apoiar e construir com o setor da Educação e do Funcionalismo Público, fortalecendo o chamado ao Dia Nacional de Luta em 18 de março. Assim, o setorial de Correios, a partir de nossas bases, deve intensificar essa construção visando fazer desse dia um “Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Protestos; Rumo à Greve Geral para derrota, já, Bolsonaro-Mourão-Guedes”!
  5. Participar e fortalecer todas as iniciativas de luta contra a MP-905 (Carteira Verde-Amarela), além levar a discussão contra esse profundo ataque, em todas as nossas estruturas e em parcela da população, para que possamos atingir através da distribuição de Cartilhas da Central. Assim como, também devemos estar presentes nas movimentações junto ao Congresso Nacional e pressionando e denunciando o governo e todos os parlamentares que apoiam tais ataques;
  6. Fazer um chamado a todas as organizações que representem as categorias das estatais que estão anunciadas no programa de privatizações do governo Bolsonaro e Paulo Guedes, para a construção de um grande Encontro Nacional Inter categorias.