CSP-Conlutas – Centrais realizam ato contra desmonte e militarização do INSS

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Na manhã desta sexta-feira (14), no centro de São Paulo, as Centrais Sindicais realizaram um ato em frente à agência da Previdência Social na Xavier de Toledo, em protesto contra o desmonte e a militarização da instituição.

Além das Centrais, servidores públicos estiveram em peso não somente para denunciar os ataques do governo Bolsonaro ao Instituto, como também para informar à população sobre o que implica a desvalorização do serviço no INSS e o quanto isso impacta no atendimento ao público de modo geral.

Ao menos 2 milhões de pessoas estão esperando na fila do INSS para serem atendidas. Para resolver o problema de ingerência, Bolsonaro pretende contratar 7 mil militares da reserva para o atendimento.

Não há na entidade condições mínimas de trabalho, o governo segue o processo de desmonte da instituição, com ritmos de trabalho em jornadas de 12h a 15 horas, poucas contratações e aumento das filas. Portanto, em vez de investir na melhor estruturação dos serviços, o presidente determina colocar milicos no setor.

Representando a CSP-Conlutas, o dirigente e membro da Secretaria Executiva Nacional da Central, Luiz Carlos Prates, o Mancha, destacou que “Esse governo ainda tem a pachorra de chamar o funcionalismo público de parasitas. Parasitas são os banqueiros e os corruptos que afundam esse país”.

Ao longo do ato, que percorreu importantes ruas do centro de São Paulo e teve desfecho no prédio da Superintendência do INSS, no Viaduto da Santa Ifigênia, os manifestantes realizaram panfletagem junto à população, com material informativo unitário das Centrais sobre os ataques ao Instituto e aos direitos dos trabalhadores e dos servidores públicos.

Atos como este em defesa do INSS ocorreram em todo o país – somente em SP, houve atos em Campinas, Itapeva, Jundiaí, Limeira, Osasco, Presidente Prudente, Santos, Santo André, São Bernardo do Campo, Sorocaba -, neste dia em que petroleiros, categoria em greve há 14 dias, também se mobilizaram contra a privatização do Sistema, as demissões e precarização no trabalho.

Durante o ato, a mobilização petroleira foi citada por Mancha, em demonstração de solidariedade de classe entre as categorias em luta contra os interesses do governo ultraliberal, dos banqueiros e do capital. “Os petroleiros estão mobilizados pela soberania nacional, contra as privatizações, defendendo interesses de todo o povo, porque o governo quer entregar nossa soberania, a Petrobras, o INSS e nossa aposentadoria aos banqueiros”.

Mancha finalizou sua intervenção lembrando que “é preciso unificar nossa luta com os trabalhadores dos Correios, realizar um forte Dia Nacional de Lutas em 18 de Março, com o objetivo de construir uma Greve Geral no país”.

França, exemplo de luta – Presente para a mesa internacional da Reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, a ser realizada neste sábado (15), a partir das 9h, Nara Cladera, da União Sindical Solidaires, participou do ato em defesa do INSS desta sexta (14).

No vídeo abaixo, ela comenta sobre a luta na França contra a Reforma da Previdência, que em muito se assemelha ao que foi implementado pelo governo Bolsonaro no Brasil.