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Em meio ao surto do novo coronavírus, que já infectou 24 mil pessoas em 26 países, diversos mitos e informações falsas estão sendo propagados junto com ele.
No Brasil, ao todo, 24 suspeitas já foram descartadas e outras 9 seguem em investigação. Os casos suspeitos estão em Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (3), Santa Catarina (1) e São Paulo (3).
De acordo com o Ministério da Saúde, é considerado caso suspeito se o paciente apresentar febre e ao menos um sintoma respiratório (como tosse, dificuldade para respirar, entre outros) e também se viajou à China nos últimos 14 dias ou se teve contato próximo com alguém que tem suspeita ou é um caso confirmado de coronavírus.
Os casos confirmados são definidos após análises laboratoriais que detectam o 2019-nCoV. Brasileiros vindos de Wuhan, devem chegar no fim de semana e vão ficar em quarentena na Base Aérea de Anápolis.
Confira abaixo cinco pontos que você deve saber a respeito do vírus.
Máscaras faciais não são tão úteis
Tornou-se comum ver pessoas usando estas máscaras pelas ruas e aeroportos ao redor do mundo — a ideia é que ela protegeria o usuário e ajudaria a evitar a transmissão do vírus para outras pessoas —, mas há poucas evidências de que elas funcionem.
Isso ocorre porque geralmente são muito folgadas, não cobrem os olhos e não podem ser usadas por longos períodos. As máscaras precisam ser trocadas com frequência, porque ficam suadas, para oferecer alguma proteção real.
Para evitar a transmissão, é mais importante cobrir a boca e o nariz quando tosse ou espirra, com um lenço de papel ou com o braço, colocar o papel usado diretamente em lixeiras fechadas, lavar as mãos frequentemente com sabão ou desinfetante e manter uma distância de pelo menos um metro de pessoas que tossem e espirram.
Mas não adianta fazer gargarejos com enxaguantes bucais ou enxaguar o nariz com solução salina. Nada disso ajudará a te proteger contra o novo vírus.
Você não pega o vírus de animais de estimação
Não há evidências de que seu cão ou gato possa estar infectado com o novo coronavírus. Mas isso não significa que você não deve lavar as mãos regularmente com água e sabão depois de tocá-los.
Mesmo que você esteja preocupado com a possibilidade de o surto do novo coronavírus ter se originado em um mercado de animais vivos em Wuhan, na China, é importante saber que a fonte provavelmente foi uma espécie selvagem.
O vírus poderia passar despercebido entre animais antes de infectar seres humanos, que é como muitas epidemias deste tipo começam, como por exemplo, as de gripe aviária, ebola e Sars. Mas isso não significa que animais em geral são perigosos ou espalhadores.
O novo vírus é raramente letalEmbora qualquer pessoa de qualquer idade possa ser infectada e o número de casos esteja aumentando todos os dias na China, apenas uma pequena proporção de pessoas está morrendo por causa disso.
Os idosos e aqueles com outras condições de saúde, como asma, doenças cardíacas, câncer e diabetes, são os mais vulneráveis ao novo vírus. A maioria das pessoas apresenta sintomas leves, como tosse e febre, e se recupera. No entanto, o vírus está deixando algumas pessoas gravemente doentes por pneumonia e problemas respiratórios, e matou um pequeno número dos pacientes contaminados na China.
Lembre-se de que a gripe comum que se dissemina todo inverno mata dezenas ou mesmo centenas de pessoas no Brasil a cada ano. E o risco de contrair o novo coronavírus é pequeno se comparado ao vírus da gripe.
Gotas microscópicas expelidas por meio da tosse são a maneira mais provável de propagação do novo vírus, portanto, colocar em quarentena ou isolar os que retornam de Wuhan reduzirá ainda mais esse risco. Ainda é recomendável tomar uma vacina contra a gripe neste momento.
Não há curaNão existem medicamentos ou vacinas específicos para o novo vírus, e os antibióticos também não funcionam, porque eles combatem bactérias. Existem opções de tratamento, mas a maioria das pessoas melhora por conta própria. Os cientistas estão trabalhando para desenvolver uma vacina, mas ela terá que ser testada primeiro, e pode levar algum tempo até que esteja pronta.
É seguro comer comida chinesaNão é necessário evitar comida chinesa ou parar de comprar produtos do país. Também é seguro receber encomendas e cartas da China, porque é improvável que o vírus sobreviva por muito tempo fora do corpo humano. É preciso estar em contato próximo com uma pessoa infectada — até dois metros e por 15 minutos ou mais — para correr algum risco.
Com informações de BBC Brasil, G1 Goiás e Ministério da Saúde.
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Fonte: Assessoria de Comunicação – Marielly Dias