CSP-Conlutas – Desmonte do serviço público: Ministério da Saúde de SP funciona sem elevadores

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O prédio da representação do Ministério da Saúde de São Paulo expressa no dia a dia o até onde pode chegar o desmonte do serviço público. Com 13 andares e oito deles ocupados, sendo o 9º andar o local onde funciona a perícia médica que atende os servidores de todo o estado, está sem elevadores.

Os cinco elevadores estão quebrados, um deles estava funcionando precariamente, mas também pifou nesta terça-feira (14). Isto acontece num local onde parte dos funcionários já tem idade e problemas de saúde; além disso, os usuários, muitos são aposentados e outros que procuram o órgão público com problemas de saúde e mobilidade reduzida, precisam subir escadas até a pericia médica. É um absurdo!

De acordo com o Sinsprev/SP, o caso é grave e atenta à saúde dos que utilizam o prédio. Já foi feito o pedido de audiência em Brasília, mas o sindicato ainda não obteve nenhum retorno. Diante disso, será necessário acessar o Ministério Público.

“A superintendência havia dado um prazo de duas semanas para modernização de um elevador até agora nada. Já tivemos queda nas escadas e pessoas com laudo médico que proíbe a utilização de escadas, sendo obrigadas a utilizá-las”, denunciou um servidor que pediu para não ser identificado por medo de retaliação.

O problema não começou agora. Se arrasta desde o último trimestre do ano passado quando a superintendência rompeu o contrato com a empresa que fornecia o serviço de ascensorista dos elevadores. Em consequência, servidores do local passaram a exercer jornada de quatro horas com ascensoristas e, pasmem, o próprio superintendente assume a vaga do ascensorista, levando os trabalhadores aos seus andares de trabalho. É o total desrespeito ao trabalho!

A situação pela qual passam os servidores públicos de São Paulo é uma expressão do que significa o desmonte dos serviços públicos no país, tão defendido pelo governo Bolsonaro e aplicado por seus capachos dispostos a aplicar uma política que destroi os serviços essenciais à população.

A CSP-Conlutas se solidariza com a luta em defesa dos serviços, pauta da Central e das Centrais Sindicais do país.

Entenda como começou e os desdobramentos dessa situação.