CSP-Conlutas – Encontro Emprego e Desenvolvimento debate propostas em defesa dos trabalhadores e contra Bolsonaro

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Centrais Sindicais, movimentos populares e partidos políticos realizaram, nesta segunda-feira (18), no Sindicato dos Químicos de São Paulo, o Encontro “Emprego e Desenvolvimento”, para traçar estratégias de mobilização em torno destes temas.

A atividade contou com uma saudação de dirigentes sindicais do Chile e Argentina, que trocaram experiências sobre as lutas em seus países, muito similares com as do Brasil.

Em seguida, o Encontro debateu as propostas apresentadas pelas organizações presentes, para se contrapor ao pacote de maldades de Bolsonaro.

Na atividade, foram apresentados três documentos com um programa de atuação, sendo um deles de partidos políticos, outro de parte das Centrais e um terceiro da Frente Brasil Popular.

Além desses programas um documento com bases para um plano de ação e mobilização foi aprovado pelas Centrais.

A CSP-Conlutas assinou o documento cujo conteúdo é sobre o plano de ação, mas não compõe a assinatura dos outros três programas, por manter um projeto “desenvolvimentista” nos marcos do capitalismo e mesmo por propósitos eleitorais ali contidos. Dentre os itens que não convergem com a política da Central estão o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para empresas, e a falta de medidas que apontem com rompimento do pagamento da dívida pública, uma das principais bandeiras da Central.

No entanto, a frente única de ação segue mantida, já que a CSP-Conlutas acredita e milita para construção da unidade para mobilizações que nos levem ao devido enfrentamento contra o governo de Bolsonaro.

“De fora das estratégias e planos eleitorais, todos querem uma frente de unidade de ação. Essa frente independe de uma frente eleitoral. O que valorizamos é que é preciso derrotar o governo, agora, nas ruas”, frisou o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnagoras Lopes.

O dirigente seguiu reafirmando a necessidade do desenvolvimento de um calendário para chamar uma greve geral. “Estamos falando do governo que vai taxar o desempregado e isentar o patrão, entre diversos outros ataques. Por isso, nós vamos manter a independência do programa eleitoral, não vamos integrar, mas continuaremos na frente de unidade de ação das Centrais, partidos e movimentos para construção de um calendário de luta, até maio de 2020, que tenha como principal objetivo a construção da greve geral”, destacou Atnagoras.

A Central defende que essa ação seja entorno de, por exemplo, três bandeiras de comum acordo entre as Centrais, como a defesa do emprego, contra as privatizações e a luta contra os pacotes e medidas apresentadas recentemente pelo governo de Bolsonaro.

“A CSP-Conlutas defende neste fórum a unidade para lutar agora, independente das eleições. Não dá para esperar 2022”, ressaltou Atnagoras.

O documento com plano de ação comum foi elaborado pelas centrais e será publicado no site da CSP-Conlutas em breve.

Nesta terça-feira (19), as Centrais Sindicais, com a participação de partidos e movimentos, se reúne novamente para traçar esse calendário unitário de lutas.