Memória e justiça
O aniversário de 40 anos da Anistia aos perseguidos pela ditadura militar de 1964 ganhou uma sessão solene na Câmara dos Deputados na manhã desta segunda-feira (26). Anistiados, anistiadas, centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais, associações civis e perseguidos que ainda lutam pela anistia. O plenário Ulysses Guimarães ficou cheio.
A Lei da Anistia foi sancionada em 28 de agosto de 1979 pelo General João Figueiredo, presidente da República à época. Criada após uma ampla mobilização social, durante a ditadura militar, pela anistia dos presos políticos, pelo retorno dos exilados e a responsabilização dos agentes da repressão, permitiu uma vitória parcial. Mas a anistia não foi ampla, geral e irrestrita.
Muitos não foram perdoados, muitos ficaram para trás e os torturadores e responsáveis pelas perseguições, torturas e mortes não foram condenados.
Esse pedaço da história do Brasil não pode ser esquecido.
Por isso, “Em um momento em que o governo do Bolsonaro quer apagar a história, negar as torturas e horrores do regime militar e atacar os anistiados, é importante resgatar a luta contra a ditadura militar”, declarou Luis Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas (assista ao depoimento do dirigente abaixo).
O governo Bolsonaro elogia torturadores e tem um dos piores o coronel Brilhante Ustra como herói, quer acabar com a Comissão da Anistia, ataca as liberdades democráticas e quer a volta da ditadura.
“Mais do que nunca é preciso resgatar a memória de luta desse país, exigir a punição dos torturadores e dizer chega de Bolsonaro/Mourão”, ressalta Mancha que esteve presente na sessão da Câmara.