Na última assembleia geral do SIMPE-RS, realizada dia 25 de janeiro, a categoria deliberou pela criação dos coletivos de Mulheres, LGTBI’s (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais), Negras e Negros e Pessoas com Deficiência. O objetivo dos coletivos, segundo o presidente do Sindicato, Jodar Pedroso, é ter um cuidado mais específico com temáticas relacionadas a estes grupos. “Queremos ter uma atenção especial com as questões relacionadas a estes segmentos, especialmente quanto ao respeito aos seus direitos”, acrescentou Jodar.
A proposta, apresentada na assembleia pelo Sindicato, pretende colocar o SIMPE-RS em outro patamar de inserção na categoria e na sociedade. “Queremos ir além das pautas corporativas e questões salariais e fortalecer agendas maiores, que digam respeito à dignidade das pessoas e o respeito às diferenças e as suas escolhas”, acrescentou o dirigente.
Jodar lembra que especialmente num momento em que as políticas governamentais apontam para um retrocesso na questão dos direitos humanos, a criação destes coletivos vem para fortalecer os espaços e as ferramentas de lutas dos trabalhadores. “A ideia de criar os coletivos ficou ainda mais forte a partir da Pesquisa sobre saúde e fatores psicossociais e da visão de que o Sindicato tem de estar cada vez mais próximo e solidário com os servidores”, disse o presidente.
Para dar visibilidade aos coletivos e propiciar a participação dos servidores nos debates, já foram criados grupos no facebook com os respectivos coletivos. A partir dos debates, a categoria pode construir proposições a serem levadas ao Sindicato, que analisará as propostas e, se for o caso, dará os devidos encaminhamentos.
Os grupos criados para debates dos grupos pretendem:
COLETIVOS DE MULHERES – promover o debate e acompanhar pautas relacionadas a questão de gênero, fortalecendo temas específicos como o 8 de Março, feminismo e sindicalismo, situação das mulheres dentro do MPRS, interdiálogo com ações e debates nacionais relacionados a situação das mulheres no MP, proposições que tramitam no Congresso que atingem as mulheres, acompanhamento das pautas nacionais e governamentais no que diz respeito aos direitos das mulheres, entre outras questões. Temas como saúde da mulher, assédio moral e sexual, avanços no campo dos direitos, igualdade de ocupação de cargos gerenciais e salariais serão alguns dos temas que poderão ser tratados pelo coletivo.
COLETIVOS LGBTI’s – para debater as liberdades sexuais, casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, adoção por pessoas LGBTI’s, acompanhar ações/propostas que tratam de questões de interesse deste grupo, como o da criminalização da homofobia pelo STF, entre outras questões, especialmente dos ataques a direitos e a integridade física da população LGBTI. Inserção em atividades/debates da população LGBTI como Dia da Visibilidade Transexual (29/1), Dia Internacional do Combate Homofobia (17/5), Dia do orgulho Gay (28/7), Dia da Visibilidade Lésbica (29/8), Dia da Visibilidade Bissexual (29/9), entre outras.
NEGRAS E NEGROS – Debates das questões raciais, extermínio da juventude negra, acompanhamento de ações/propostas relacionadas à população negra, direitos da população negra, políticas de cotas de acesso ao serviço público, projetos que tramitam no Congresso relacionadas aos negros(as), religiosidade de matriz africana, inserção das atividades como a Marcha Zumbi dos Palmares e Dia Nacional da Consciência Negra, entre outros.
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – Acompanhamento das pautas relacionadas aos deficientes físicos tanto dentro do MPRS, onde o SIMPE-RS já tem importante atuação; debates sobre saúde, direitos, acessibilidade, questões relativas à aposentadoria, propostas que tramitam em nível nacional sobre deficientes físicos, entre outros.
Para que os coletivos sejam eficientes e que se possam obter resultados importantes, é fundamental que os servidores, que pertencem ou não a estes grupos, deem suas contribuições, acompanhem os debates nos grupos e tragam proposições ao Sindicato, quer em ações junto ao próprio Ministério Público, quer quanto a outras iniciativas, que envolvendo outros setores, como executivo, legislativo, judiciário e até mesmo em nível nacional, somado a ações que já existam em outros Ministérios Públicos do país ou intercedendo nas ações em instituições como CNMP, STF, Congresso Nacional e outros.
Assessoria de Comunicação
01/03/2019 10:28:16